Horário de verão deverá alcançar economia de até R$ 280 milhões, estima ONS

October 17, 2012 | Categoria: Energy

Tatiana Resende, da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção 

Com o objetivo de reduzir o consumo de energia nos horários de pico, o horário de verão começa às 0h do próximo dia 21 de outubro com duração de 119 dias. De acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp, a redução de cerca de 4,5% da demanda de energia no horário de pico irá possibilitar uma economia significativa em relação ao custo de operação. "Será preciso menos energia térmica para atender o sistema nos padrões de segurança, o que, para este ano, nos leva a uma expectativa de economia de até R$ 280 milhões diretamente no bolso do consumidor contra os R$ 130 milhões alcançados no ano passado", disse Chipp nesta terça-feira, 16 de outubro.

O volume de geração térmica é significativo nas áreas do Rio Grande do Sul, Goiás, Brasília e Rio de Janeiro em termos de energia para atender os padrões de desempenho. Para o atendimento da ponta, a geração é necessária de forma complementar em todo o país, principalmente em perídos de estiagem como o atual.

Apesar do período de seca, Chipp explicou que o sucesso do horário independe da presença ou não de chuvas. "Independente de chegar chuva ou não, teremos a redução do consumo no horário de pico. Essa redução de consumo que dá toda essa economia, independe de chuva. Evidentemente, se tivermos um reservatório em uma situação melhor, onde se gera mais potência, será possível gerar menos térmicas para complementar, mas a economia acontecerá ainda assim", salientou.

Outro benefício da redução do consumo no horário de pico é o alívio do sistema. "Se reduzimos o consumo no horário de pico, o sistema fica mais descarregado, ficando assim menos suscetível a interrupções, e por conseguinte, menores são as possibilidades de interrupções para os consumidores", explicou o executivo. Desta forma, apesar do aumento da demanda, espera-se evitar novas interrupções temporárias de energia, como as que aconteceram recentemente no país. 
"Independentemente das atuações, nós já vinhamos fazendo um trabalho para verificar as proteções, verificar esses esquemas regionais de alívio de carga que atuaram corretamente e as proteções que falharam, e isso é um trabalho permantente, uma manutenção preventiva que deve acontecer sempre", concluiu Chipp.