Para EPE, redução média da tarifa de energia pode ficar abaixo de 20%

October 17, 2012 | Categoria: Energy

Por Rodrigo Pedroso e Francine Lorenzo | Valor

SÃO PAULO - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou nesta terça-feira que o percentual de redução média das tarifas de energia elétrica pode ficar abaixo dos 20% calculados inicialmente pelo governo. Segundo ele, para chegar aos 20% de redução média com as novas regras de renovação e concessão das usinas hidrelétricas o governo tomou por base que todas as plantas seriam renovadas sob as novas condições.

Ao falar para empresários em São Paulo, Tolmasquim destacou que não é possível garantir esse percentual médio se usinas relevantes ficarem de fora. “No cálculo que foi feito considerou-se todas as usinas. Mas é claro que há margem. Esse é um valor médio que ainda está mantido. Dependendo de quantas usinas ficarem de fora vamos refazer os cálculos para ver qual será a redução”, disse durante seminário sobre prorrogação das concessões do setor elétrico, organizado pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

A declaração de Tolmasquim levou em conta a afirmação feita pelo diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) André Pepitone, que também nesta terça-feira disse que 106 usinas, do total de 123 concessionárias de geração, pediram a renovação dos contratos sob as regras previstas na Medida Provisória 579/2012.

Pepitone destacou que 17 concessionárias de geração não enviaram o pedido ao órgão regulador. Dentre elas estão as três usinas da Cemig (São Simão, Jaguara e Miranda); duas da Nova Friburgo Distribuidora de Energia (Catete e Xavier); e uma da Copel Geração e Transmissão (São Joaquim).

al>Con�# ef�Q�`�principal razão para a postergação dos projetos do terceiro para o quarto trimestre foi o atraso na liberação de licenças pela Prefeitura de São Paulo, em decorrência de fatores como o período eleitoral. Em nota, a Prefeitura informou que o ritmo de análise "segue normal" e que "até o fim de setembro, a média de processos analisados em 2012 está semelhante a dos anos anteriores".

 

Além da obtenção de licenças, o lançamento de projetos depende da rentabilidade, caixa, estoques e demanda. "A prioridade passou a ser margem. Incorporadoras preferem segurar a oferta para não abrir mão de margem", diz um analista. Após um semestre em que a venda de estoques foi prioridade em relação aos lançamentos, há quem avalie que, no terceiro trimestre, a mescla tenha sido maior.

As prévias divulgadas até agora apontam que as incorporadoras que elevaram lançamentos registraram também crescimento de vendas do trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, caso de EZTec, Direcional, Even e Tecnisa. As vendas da Rodobens também aumentaram.

Desde o início do ano, os estoques de imóveis vem se reduzindo. Nas estimativas do analista do setor imobiliário da CGD Securities, Flávio Conde, os estoques totais (o que foi lançado e não vendido) das empresas de capital aberto estão, atualmente, entre 12 e 13 meses de vendas, abaixo da parcela de 14 a 15 meses do começo de 2012. Conde estima patamar de oito meses em 2010, quando o mercado imobiliário esteve mais aquecido.