Renova Energia pronta para entrada em operação de Alto Sertão I
June 02, 2014 | Categoria: Energy
Pedro Aurélio Teixeira, da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção
Com cerca de de dois anos de atraso, o início da operação do maior parque eólico do país, o Alto Sertão I (BA- 294 MW) está cada vez mais perto. De acordo com a proprietária do parque, a Renova Energia, o prazo para entrega da linhas de transmissão, de responsabilidade da Chesf termina ao fim deste mês e a empresa terá 30 dias para iniciar a energização colocá-lo em operação em teste. de acordo com Mathias Becker, presidente da Renova, a empresa vive a expectativa de finalmente poder iniciar a operação do parque. "Estamos sonhando com isso. Teremos a responsabilidade de ser o maior parque em operação e estamos confiantes e colocaremos todos o empenho", explica.
Segundo o cronograma da Agência Nacional de Energia Elétrica, o prazo da Chesf para a linha entrar em operação termina no fim do mês. Havia a expectativa que ela concluísse o processo nesta sexta-feira, 30 de maio. Contatada pela Agência CanalEnergia sobre a entrega da LT, a Chesf até o fechamento da reportagem não havia retornado as ligações. Becker conta que durante os quase dois anos em que o parque esteve impedido de gerar foi montada uma operação de manutenção nas máquinas, uma vez que elas não foram feitas para ficarem paradas. "Procuramos sempre manter as máquinas prontas para a entrada em operação", comenta .
Também foi feita uma vistoria detalhada nos parques, com a presença dos fornecedores de equipamentos dos parques, como a GE, dos aerogeradores e a ABB, da parte elétrica, além do próprio corpo de operação e engenharia da empresa. "Estamos lá prontos para a data que a Chesf concretize a energização, para o grande desafio que vai ser operar essas 184 máquinas", relata.
Ele lembra que mesmo após a entrega da linha, o início da operação não é imediato. Existe ainda um rito contratual perante o órgão regulador. Nos primeiros sete dias, apenas se medem os níveis de tensão na rede, para saber a base que as máquinas vão operar. Após esse prazo, há ainda o período de operação em teste. A expectativa é de que em julho as 184 máquinas já estejam em operação comercial.
Segundo ele, a empresa ainda tem parques vencedores de leilões que ainda necessitam de sistemas de transmissão, como a subestação Igaporã 3. Ele ressalta que o início da operação vem em um momento que o sistema necessita de energia e que a fonte eólica vai estar firme. "O período seco das hídricas coincide com o que as eólicas estão gerando de maneira mais substacial. Queremos evoluir na disponibilidade das máquinas e da produção de energia", conclui.