MME volta a dizer que não vai implementar medidas de racionalização do consumo

April 29, 2014 | Categoria: Energy

Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, do Rio de Janeiro, Operação e Manutenção 

O Ministério de Minas e Energia voltou a dizer nesta terça-feira, 29 de abril, que o governo não vai decretar racionamento e nem imporá medidas de racionalização do consumo à população. Segundo Altino Ventura, secretário de Planejamento Energético do MME, mesmo com os níveis baixos dos reservatórios é possível atender a demanda e atravessar o período seco.

"No momento não existe nenhuma atitude voltada para a questão, seja de racionamento, seja de racionalização da carga. É evidente que caso a sociedade queira contribuir espontaneamente, independente do momento atual, em qualquer situação, é desejável", declarou Altino.

O executivo comentou que as térmicas são planejadas para operar quando a hidrologia é desfavorável e isso vem ocorrendo. "O momento conjuntural é desfavorável, e a operação de térmicas é um evento planejado para essas épocas", declarou o secretário ao participar de fórum sobre fontes renováveis promovido pela Coppe/UFRJ.

Ele disse ainda que o atraso na entrada em operação de algumas eólicas por problemas de transmissão já está sendo resolvido. A expectativa é que até o fim de maio esse problema já esteja praticamente superado. O atraso nos projetos de geração e transmissão vem sendo apontado como um problema estrutural que agrava a situação atual do setor elétrico.

"Nós fazemos um balanço permanente entre a oferta e a demanda. Esse equilíbrio é permanentemente acompanhado pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. E nessas análises os atrasos são considerados", disse Ventura. 

 

De acordo com ele, medidas operativas estão sendo tomadas para preservar água nos reservatórios, como o desligamento da geração de algumas hidrelétricas durante a madrugada. "Nesse momento, em alguns reservatórios, tem-se a possibilidade de desligar algumas usinas durante a madrugada para poupar os reservatórios. É o caso de Sobradinho", afirmou.