Índice de Confiança da Construção cai 5,9% no trimestre até abril

April 25, 2014 | Categoria: Engineering

O Índice de Confiança da Construção medido pela Fundação Getulio Vargas registra piora do ambiente de negócios do setor no trimestre encerrado em abril de 2014, ao cair 5,9%, em relação ao mesmo período do ano anterior. É a maior queda desde abril de 2013, quando o indicador cedeu 6,6%.

 

Tomando-se o mês de abril separadamente, a piora foi mais significativa: queda de 10,7% sobre abril do ano passado, após recuo de 5,6% em março. É o pior resultado desde outubro de 2011 (-12,1%).

“O resultado geral da pesquisa sugere arrefecimento do nível de atividade do setor ao início do segundo trimestre de 2014”, diz a FGV.

De acordo com a instituição, a queda acentuada do indicador deve-se tanto à piora das avaliações sobre a situação atual quanto à das expectativas em relação aos próximos meses.

O Índice da Situação Atual (ISA) passou de queda de 1,5% no trimestre encerrado em março, para recuo de 3,7% em abril. Já o Índice de Expectativas (IE) passou de queda de 4,8%, recuo de 7,7% no mesmo período, a maior perda desde agosto de 2012 (-8,1%).

Em termos mensais, o recuo foi mais abrupto: o indicador de situação atual cedeu 8,9% em abril, de 1,8% em março, sobre iguais períodos do ano passado. . Trata-se da maior redução nesta base de comparação desde junho de 2013 (-9,5%).

Já o indicador de expectativas passou de queda de 8,7% em março, para perda de 12,2% nas mesmas bases de comparação.

Segmentos

Dos onze segmentos pesquisados, nove acompanharam a queda do índice geral. Os destaques negativos foram os segmentos de Obras Viárias, cuja taxa passou de -4,6%, em março para -9,7%, em abril; Aluguel de Equipamentos de Construção e Demolição, de -2,7% para -7,0%; e Edificações, com taxas de -3,6 e -6,6%, respectivamente, no trimestre de abril sobre o mesmo período em 2013.

O quesito que mede a percepção das empresas quanto à demanda prevista nos meses seguintes foi o que exerceu maior influência negativa sobre as expectativas. O recuo passou de 4,5% em março, para -7,9%, em abril. A proporção de empresas prevendo aumento na demanda no trimestre findo em abril de 2014 é de 29,0%, contra 34,1% há um ano, enquanto a parcela das que estão prevendo diminuição foi de 10,5%, contra 5,6%.