Produção de biogás pode chegar a 20 bilhões de m³ por ano

April 23, 2014 | Categoria: Energy

Por suas características geofísicas, o Brasil tem alta potencialidade para a produção de biogás, com baixo investimento. O recurso renovável, resultado da decomposição de matéria orgânica, é facilmente encontrado em uma área na qual o País destaca-se: a agroindústria. Enquanto a produção de biogás brasileiro pode chegar a 20 bilhões de m³ por ano, somente o setor pecuarista pode ser responsável por produzir 8 bilhões de m³ do insumo por ano.

Os dados são apontados pelo superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional, Cícero Bley. Para ele, a tendência de crescimento do gás na matriz energética nacional já é uma realidade e a perspectiva de futuro é promissora. “O biogás tem enorme impacto onde é produzido porque gera renda e promove a economia. O mundo inteiro vai se mover a gás”.

Além disso, a questão do transporte é outro ponto que aumenta a viabilidade do biogás. “Mesmo sem estrutura dos gasodutos, o biogás ainda é uma grande oportunidade distante das refinarias. Ele não depende de grandes estruturas de distribuição. O biogás já nasce distribuído para as áreas onde é produzido, no interior”, afirma.

A questão também é destacada pelo vice-presidente da Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás), Alessandro Gardemann. Para ele, a interiorização de novas fontes de gás é um ponto importante que vem na contramão das limitações nos gasodutos de distribuição.

A entidade, criada em dezembro de 2013 e composta por 18 empresas e instituições públicas e privadas que atuam em diferentes segmentos do biogás, tem como objetivo institucionalizar o processo de produção do biogás e do biometano, de forma a terem mais participação na matriz energética brasileira.

“A Abiogás foi criada como um programa de incentivo à criação de políticas públicas na área de biogás e biometano. Graças à agroindústria, o Brasil tem um potencial gigantesco para o biogás, até mesmo de se tornar o maior produtor do mundo”, disse.

Da Redação do Portal Jornal da Energia