MME: Energia mais barata vai gerar economia de R$ 5 bilhões ao ano

March 19, 2014 | Categoria: Energy

Por Rafael Bitencourt | Valor

BRASÍLIA  -  O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse nesta quarta-feira que os novos contratos das usinas hidrelétricas, que têm concessões a vencer em 2015, darão ganho de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões por ano, em razão da redução do custo da energia produzida.

Esse benefício, segundo ele, perdurará ao longo dos 30 anos de vigência dos novos contratos, baseado na cobertura do custo de operação e manutenção.

Segundo Zimmermann, que participou hoje de audiência pública na Câmara dos Deputados, 5 mil megawatts (MW) médios de energia ficarão mais baratos em razão dos contratos de usinas que vão vencer e serão retomados pelo governo para nova licitação. O preço da energia dessas usinas cairá do patamar atual de R$ 150/MWh para R$ 27/MWh.

Esse efeito, classificado pelo secretário como “fator redutor” de tarifa, ajudará o governo conter a oscilação de preço da energia a partir de 2015. “Ele neutralizará o feito de ter que gerar energia com térmicas este ano”, disse.

As declarações de Zimmermann procuraram negar que as medidas tomadas pelo governo vão no sentido de criar subsídios. “Erradamente, está sendo tratado como subsídio, que aqui não se deu. Pelo contrário, está se tirando subsídio", afirmou. Segundo ele, a conta de energia elétrica no Brasil estava entre as mais caras do mundo.

"Existiam várias políticas que estavam sendo pagas pelo consumidor do setor elétrico, incluindo vários encargos. Estávamos colocando na conta coisas que não tinha nada a ver, mesmos que fossem políticas públicas importantes. Mas quem passou a assumir isso foi a União”, afirmou o secretário, ao se referir a uma das medidas do pacote de energia lançado em cadeia nacional pela presidente Dilma Rousseff, em 2012.

 

O técnico do governo citou alguns dos encargos setoriais que tiveram os custos assumidos pelo Tesouro Nacional, a fim de garantir a redução das contas de luz em 20% em média a partir de 2013. “Quando se batia uma radiografia dos encargos, tinha ajuda ao consumidor de baixa renda, Luz para Todos e ajuda a várias regiões”, disse Zimmermann.