Empresas de energia e recursos naturais se preocupam pouco com gestão de risco, mostra KPMG

February 24, 2014 | Categoria: Energy

Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas 

Um levantamento feito pela KPMG em parceria com a Economist Intelligence Unit intitulado "Sem burocracia: transformando a gestão de risco nas empresas de energia e recursos naturais", revela que as empresas de energia e recursos naturais podem estar despreparadas para enfrentar o conjunto de riscos cada vez mais presente no mercado. O estudo apontou que as empresas e ENR precisam voltar a focar pontos fundamentais e repensar o que esperam alcançar através de seus programas de risco caso desejem acompanhar as transformações do ambiente que operam atualmente.

Para realização do estudo, mais de 1.100 profissionais das áreas de risco, compliance, administração geral e financeira foram entrevistados, revelando que a gestão dos riscos não está progredindo na mesma velocidade que as ameaças enfrentadas pelas empresas, e estas, por sua vez, correm o risco de ficar abaixo das expectativas em áreas importantes. Menos de dois terços dos entrevistados disseram que "geralmente" ou "constantemente" incorporam a gestão de risco em suas decisões de planejamento estratégico; somente 14% deles afirmaram que possuíam uma declaração de risco formal; quase metade admitiu não estar realizando anualmente uma avaliação de risco; e mais de um terço disse que sua área de gestão de risco se baseia em uma autoavaliação realizada pelas unidades de negócio, e não por uma área de risco centralizada.

De acordo com o relatório, 69% das empresas de ERN que responderam à pesquisa veem a instabilidade geopolítica como a maior ameaça ao setor. O segundo item mais citado, com 53%, foi a pressão regulatória, sendo particularmente desfavorável para aquelas empresas que estão aventurando-se em novos países ou em regiões instáveis.

O levantamento apontou também que um dos maiores obstáculos pela desaceleração das áreas e dos recursos de gestão de risco dentro do setor de ERN se reduz à falta do consenso entre o conselho de administração e os executivos em relação aos objetivos de seu programa e ao retorno sobre seus investimentos. Quase um quarto das empresas do setor não possui nenhum recurso para mensurar o retorno sobre o seu investimento em gestão de risco.