CPFL Renováveis: maior pipeline para eólica

December 04, 2013 | Categoria: Energy

Por Natália Bezutti

A CPFL Renováveis deverá continuar apostando no bom potencial de desenvolvimento dos ventos, pelo momento que a energia eólica tem apresentado no mercado. Tanto que dos cerca de 3,8GW em pipeline que companhia possui para os próximos anos, 3,2GW são esperados para o desenvolvimento da fonte. No momento, 254MW, estão aptos para comercialização.

A empresa ainda encontra bons lugares com qualidade de vento para suas usinas no Nordeste, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Marcelo Souza. “Conseguimos encontrar com potencial igual ou superior a 47,5% que aquele que decidimos se levamos o processo à frente, ou não”, explicou.

Apesar da forte aposta, e com projetos cadastrados nos leilões de energia, as usinas não têm sido viabilizadas no mercado regulado. O motivo, segundo a empresa, é fruto de uma análise detalhada de risco e taxa de retorno, o que não encontrou, por exemplo, no último leilão A-3, realizado em novembro.

“Vimos no A-3, que na verdade é um A-2 com entrega no começo de 2016, uma janela de implementação apertada, os fornecedores sobrecarregados aumentando o risco de implantação e o risco de conexão também, então nós precificamos. Juntando tudo isso no nosso modelo de negócios, achamos que não valia a pena”, contou o diretor presidente da companhia, André Dorf.

Mesmo para o A-5, segundo Dorf, levantando em consideração o maior tempo para implantação dos parques e a mitigação dos riscos para conexão, a expectativa é de preços menores, e muita competitividade, portanto, não sendo muito atrativo.
“Estamos avaliando a participação. É difícil prever o preço do leilão, mas diria que já está todo mundo fazendo essa conta”, contou.

Solar
A empresa que já possui a usina fotovoltaica Tanquinho (1,1MW) e tem quase 400MW habilitados para a fonte, acredita que o desenvolvimento da fonte dentro de sua área de seu portfólio poderá ocorrer através dos próprios parques eólicos, com instalação de medição da incidência da radiação solar, aproveitando o terreno.

No entanto, a expectativa é de um desenvolvimento a médio prazo da fonte. Marcelo Souza, CFO da CPFL Renováveis, apresentou a estimativa de investimento para as fontes solar e eólica, em contrapartida de sua produtividade.

Segundo ele, para a fonte eólica, são investidos R$5 milhões por MW, com uma produtividade de 50%. No caso da solar, o investimento dobra e atinge R$10 milhões por MW, para uma produtividade de apenas 20%.

O portfólio
A CPFL Renováveis possui 60 usinas em operação, fragmentadas ainda em biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), em 8 estados, o que considera ser a chave para o bom crescimento de seus negócios. No último ano, a capacidade instalada do cresceu aproximadamente 13% no total.