Atividade da construção civil aprofunda queda em outubro, aponta CNI

November 22, 2013 | Categoria: Energy

BRASÍLIA  -  (Atualizada às 11h39) O nível de atividade da construção civil continuou em queda em outubro, de acordo com a sondagem do setor divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O indicador relativo à atividade da construção caiu de 49,7 em setembro, para 49 pontos em outubro. Na pesquisa, os resultados variam de zero a cem pontos, sendo que resultados abaixo dos 50 pontos indicam retração em relação ao mês anterior. Assim, a queda na atividade se acelerou no mês passado. Em outubro de 2012, o indicador foi de 50,1 pontos. 

“A atividade do segmento continua desaquecida”, disse, em nota, a CNI. Esse desempenho se reflete no número de empregados, cujo indicador também indica retração. Ele foi de 48 pontos em outubro. A diminuição, porém, foi menor do que a apurada em setembro, quando acusou 47,8 pontos. Já no décimo mês de 2012, o índice foi de 49,6 pontos.

Apesar da maior queda na atividade, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) avançou um ponto percentual em outubro ao chegar a 71%, ante 70% em setembro. Já a atividade em relação ao usual para o mês foi de 45 pontos em outubro, ante 46 pontos em setembro. 

Otimismo em alta

Apesar da queda na atividade, os empresários da construção civil estão mais otimistas em relação aos próximos seis meses, indicou a pesquisa da CNI. A expectativa relativa ao nível de atividade avançou de 56 pontos em outubro para 56,5 pontos em novembro. No levantamento, resultados acima de 50 pontos indicam otimismo. Assim, as companhias do ramo estão mais otimistas em novembro do estavam que em outubro.

Há uma expectativa mais positiva quanto à contratação de novos empreendimentos, cujo índice subiu de 55,9 pontos em outubro para 56,3 pontos em novembro. Esse otimismo crescente quanto a novas obras está maior no segmento de construção de edifícios (de 57,1 para 58,1 pontos), que no de obras de infraestrutura, cujo índice recuou de 55,6 para 52,8 pontos.

Aumento também foi apurado no índice que mede as perspectivas de compras de matérias primas e insumos nos seis meses à frente, que saiu de 54,7 pontos em outubro para 55,7 pontos em novembro.

Por fim, o índice que mede a expectativa quanto ao número de empregados teve um leve aumento ao partir de 54,6 pontos em outubro para 54,8 pontos em novembro.

A pesquisa foi realizada de 1º a 13 de novembro com 540 empresas.

(Lucas Marchesini | Valor)