Bahia quer ajudar a desobstruir gargalo da transmissão eólica

November 13, 2013 | Categoria: Energy

Por Wagner Freire, de Salvador, Bahia

O governador da Bahia, Jaques Wagner, se comprometeu nesta quarta-feira (13/11) a buscar maneiras para "desatar o nó" do sistema de transmissão eólico. "Estamos com um gargalo do ponto de vista da transmissão. Estou me dispondo perante o setor para que a gente faça uma militância junto à EPE (Empresa de Pesquisa Energética), ao MME (Ministério de Minas e Energia (MME), à presidente Dilma (Rousseff), no sentido de desobstruir esse gargalo", disse.

Wagner falou durante a abertura do 5º Fórum Nacional Eólico, Carta dos Ventos, evento que contou com o lançamento do novo Altas Eólico Bahia, que aponta para um potencial de 195GW na região.

O atraso nas chamadas Centrais de Conexão Compartilhada (ICGs), bem como a necessidade de ampliação do sistema de transmissão na região Nordeste, foram os focos da reunião que o governador teve com representantes do setor eólico antes da abertura do evento.

O atraso nas linhas faz com que 622MW eólicos (que deveriam estar conectados em 2012) permaneçam impedidos de injetar energia na rede, onerando o consumidor brasileiro. Em 2013, a situação se agravou, pois mais 670MW em usinas deveriam estar conectadas ao sistema, mas não estão por atraso nas obras de transmissão. Há uma expectativa que esses 1,2GW estejam conectados ao final do primeiro trimestre de 2014.

"Coloco-me a disposição, no sentido de levar as demandas do setor para o Governo Federal, para a Aneel, de modo que possamos superar as dificuldades e potencializar ainda mais o desenvolvimento dessa fonte", disse o governador.

A questão da transmissão se tornou tão delicada que no último leilão de energia de reserva (LER2013) o governo tomou a decisão de limitar a participação dos projetos eólicos à capacidade de linhas.