Índice de Confiança da Construção cai 4,3% em outubro

October 28, 2013 | Categoria: Engineering

SÃO PAULO  -  O otimismo do empresariado da construção civil permaneceu retraído em outubro. O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas (FGV), diminuiu 4,3% no trimestre findo em outubro, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, apesar de manter-se em terreno negativo nesta base de comparação, o resultado representa uma evolução favorável após as retrações de 4,6% em setembro e 4,7% em agosto.

Considerando-se a comparação interanual mensal, a recuperação do índice foi mais expressiva: entre outubro de 2012 e outubro deste ano, a queda ficou em 2,9%, ante 4,6% em setembro. O resultado geral da pesquisa reflete as expectativas de melhora do ambiente de negócios no setor ao longo do quarto trimestre de 2013.

A diminuição da distância em relação ao ano passado foi inteiramente determinada pela melhora das expectativas: a taxa de variação interanual trimestral do Índice de Expectativas (IE-CST) passou de queda de 2,8%, em setembro, para baixa de 1,9%,  em outubro. A comparação interanual mensal do IE-CST passou de recuo de 5,0% para alta de 1,9%, a primeira variação positiva nesta base de comparação desde julho de 2011.

No caso do Índice da Situação Atual (ISA-CST) houve piora nas comparações trimestrais, com as variações do índice passando de baixa de 6,7% para 6,9%, respectivamente, entre setembro e outubro, refletindo a piora mais acentuada na base de comparação mensal, cujas variações passaram de queda 4,1% para 7,9%, respectivamente nos mesmos períodos.

A piora relativa do ISA-CST foi influenciada pelo quesito evolução recente da atividade. A variação interanual do Indicador Trimestral deste item passou de queda 4,8%, em setembro, para baixa de 6,4%, em outubro. Das 703 empresas consultadas, 22,2% avaliaram que o nível de atividade aumentou no trimestre findo em outubro, contra 26,8% no mesmo período do ano anterior; já 19,7% das empresas reportaram que a atividade diminuiu (contra 17,4%, em outubro de 2012).

O quesito que mede o grau de otimismo com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes foi o que exerceu a maior pressão positiva sobre o IE-CST. A variação interanual trimestral deste quesito passou de recuo de 3,7%, em setembro, para baixa de 2,8%, em outubro. A proporção de empresas prevendo melhora da situação na média do trimestre findo em outubro é de 37,8%, contra 40,2% no mesmo período em 2012, enquanto a parcela das que estão prevendo piora foi de 5,6%, contra 4,2%, em outubro de 2012.

(Valor)