Previsão de crescimento das térmicas abre espaço para desenvolvimento tecnológico nacional.

August 30, 2021 | Categoria: Energy

LACTEC OFERECE DA AGÊNCIA CANALENERGIA

 

Muito tem se discutido sobre a inserção de usinas térmicas na matriz brasileira para dar mais segurança energética ao país, diante das previsões de agravamento das crises hídricas e de crescimento do mercado de gás natural. O Plano Decenal de Expansão de Energia – PDE 2030 – considera a inflexibilidade termelétrica e integração gás-eletricidade como um dos cenários dentro das “visões de futuro para o parque gerador de energia elétrica”.

Especialistas do Lactec – referência em soluções tecnológicas para o setor elétrico – avaliam que o aumento da contribuição da fonte termelétrica na matriz energética brasileira apresenta muitas oportunidades de desenvolvimento tecnológico local, buscando a integração dessa indústria às demais atividades econômicas, de forma efetiva e ambientalmente adequada.

A empresa já vem trabalhando em projetos para térmicas, tanto em pesquisa e desenvolvimento (P&D) como em serviços especializados, e consolidando know-how na área. Esses projetos têm o objetivo de melhorar a eficiência das usinas no aspecto de desempenho operacional, em atendimento a normas regulamentadoras de segurança, em especial à NR-13, e à legislação ambiental, reduzir custos de operação e manutenção e prolongar a vida útil dos equipamentos.

Para o gerente da área de Sistemas Mecânicos do Lactec, Carlo Giuseppe Filippin, a fonte térmica, representada particularmente por usinas termelétricas a gás natural, biometano e biomassa, tende a crescer pelo desempenho da operação em ciclo combinado a gás natural e pela oferta de biomassa aderente à ampla operação do agronegócio no Brasil. “Assim como as fontes eólica e solar, a térmica requer conhecimento e experiência específicos em engenharia do proprietário e em engenharia de operação e manutenção (O&M). E temos trabalhado intensamente na construção dessa expertise”, reforçou.

Monitoramento para gestão de ativos.

Os equipamentos de uma usina térmica operam em condições mais severas, em termos de temperatura e pressão, por exemplo, e, por isso, estão mais sujeitos a desgastes e falhas. Quanto mais dados dos equipamentos forem coletados, mais eficiente será a gestão desses ativos. Daí a importância do monitoramento contínuo dos ativos mais críticos de uma termelétrica, que ajudem a identificar as características de condição e de desempenho.

“A análise de eventuais falhas, que envolve a caracterização de materiais, determinação de carregamentos, identificação de descontinuidades por meio de ensaios não destrutivos, associada à análise de integridade estrutural, com o emprego de normativas para Fitness For Service (FFS), levam ao prognóstico de dano para cada ativo”, explicou Filippin. Segundo ele, esse prognóstico de dano permite a operação segura e confiável dos empreendimentos termelétricos.

Uma das técnicas empregadas pelo Lactec para esse tipo de monitoramento é a emissão acústica. No caso de inspeções em vasos de pressão, por exemplo, é possível fazer o monitoramento com o equipamento em operação.

Aspectos ambientais

A gestão de ativos em usinas térmicas envolve, também, aspectos ambientais, particularmente relevantes nesse tipo de fonte de energia. A gestão da água que, depois do gás natural ou biometano, é o insumo mais importante para a operação das termelétricas de ciclo combinado, e o monitoramento de emissões de gases (CO2 e NOX) são dois pontos de atenção para os quais o Lactec já desenvolveu projetos de P&D, buscando alternativas tecnológicas para otimizar e garantir mais efetividade aos processos.

A gestão do consumo de combustível da usina também impacta diretamente o controle das emissões atmosféricas. Por isso, ajustes periódicos dos equipamentos (considerando a relação ar/combustível), em função das variações sazonais da umidade relativa do ar, também são imprescindíveis e demandam um conhecimento específico, bem como a definição de modelos de ajuste cada vez mais elaborados e integrados. Em função do cenário mundial, a tendência é que os limites de emissões, no Brasil, também passem a ser mais restritivos.

Para os especialistas do Lactec, a perspectiva de expansão da geração térmica aliada aos compromissos com a sustentabilidade devem incentivar investimentos em novas frentes de pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias adequadas à realidade do país.