Taxa de desemprego na construção civil aumentou 6,7% no segundo trimestre, diz IBGE
August 27, 2015 | Categoria: Engineering
Kelly Amorim, do Portal PINIweb
A taxa de desemprego na construção civil aumentou 6,7% no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, com o fechamento de 509 mil vagas, e 8,6% na comparação com o mesmo período de 2014, com corte de 673 mil vagas. Os dados são da pesquisa divulgada nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), o aumento da taxa de desemprego confirma a piora do cenário para a indústria da construção e a sua disseminação entre os diversos segmentos da cadeia.
"Estes dados demonstram a urgência de o governo redirecionar os escassos recursos de que dispõe para os setores que, como a construção civil, dispõem de forte potencial de geração de emprego. Isto significa priorizar os pagamentos que continuam em atraso do PAC e do Programa Minha Casa, Minha Vida, bem como agilizar as concessões de serviços de infraestrutura que resultarão em novas rodovias, aeroportos, portos e ferrovias", comenta o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto.
Como as demissões no mercado formal têm crescido progressivamente desde outubro do ano passado, o SindusCon-SP estima um corte de 475 mil empregos na construção brasileira em 2015.
Brasil
O desemprego no Brasil registrou taxa de 8,3% no segundo trimestre de 2015 contra 7,9% registrados no primeiro trimestre. O resultado é o pior desde o início da série histórica, em 2012. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa que engloba todos os setores foi de 6,8%.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a população desocupada, de 8,4 milhões de pessoas, subiu 5,3% em relação ao primeiro trimestre e 23,5% ante o 2º trimestre de 2014.
Já a população ocupada foi estimada em 92,2 milhões, resultado estável frente ao primeiro trimestre e ao mesmo período de 2014. Segundo o IBGE, 78,1% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, também representando estabilidade em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2014.