ONS sugere ações para garantir atendimento do SIN em 2015
March 17, 2015 | Categoria: Energy
Wagner Freire, da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção
O Operador Nacional do Sistema Elétrico apresentou uma série de medidas para garantir o atendimento do Sistema Interligado Nacional em 2015. Muitas delas já são conhecidas e vêm sendo comentadas pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, como por exemplo a exploração do potencial da geração distribuída e o despacho pleno da UTE Uruguaiana (640MW).
Outras medidas sugeridas pelo ONS, porém, ainda estão em estudo no âmbito do MME e do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, como a proposta de adoção do critério operativo N para as interligações N/NE – SE/CO/SUL – Sul - SE/CO. Aqui a ideia é identificar os ganhos e os riscos associados a redução dos critérios de segurança de transferências de energia de uma região do país para outra. "Esta proposta será submetida ao CMSE", respondeu o MME, em nota à reportagem da Agência CanalEnergia. O governo ainda trabalha para viabilizar a importação de até 1.000MW da Argentina. "O processo encontra-se em curso no MME", escreveu.
O ONS ainda busca uma autorização para reduzir a defluência mínima do reservatório da UHEs Sobrandinho/Xingó de 1.100 metros cúbicos por segundo para 900 m3/s. Segundo o MME, por enquanto foram realizados testes apenas para defluência de 1.000 m³/s da usina. Outra medida estudada, está para o período seco, é a viabilidade de um rebaixamento adicional da UHE Ilha Solteira até a cota 317 metros. Este procedimento, contudo, será tratado junto a Agência Nacional de Águas e o Ibama. Para o período seco que vai de maio a novembro, também está se verificando a possibilidade de operar a hidrelétrica de Itaipu na cota 210 metros.
Além disso, será mantida a flexibilização operativa (de uso múltiplo e ambientais) implementada em 2014 para as hidrelétricas Mascarenhas, Ilha Solteira, Três Irmãos, Três Marias, Sobradindo/Xingó, Jupia/Porto Primavera.
O ONS também recomendou a permanência temporária do parque térmico existente na cidade de Manaus (AM). A operação dessas usinas, estimadas em 1GW de capacidade, podem contribuir para a recuperação dos níveis de segurança dos reservatórios dos subsistemas Sudeste e Nordeste. Neste ponto, o CMSE deliberou na 152ª reunião, realizada em 4 de fevereiro, que sejam efetuados todos os procedimentos necessários para a permanência em operação dessas usinas em Manaus, pelo prazo de até 12 meses. O Comitê ainda determinou que a Eletrobras Amazonas Energia represente perante a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica todos os agentes de geração envolvidos e que os custos variáveis, assim como os custos fixos necessários à operação do referido parque térmica deverão ter ressarcimentos previstos em portaria específica do MME.