Emprego na construção civil registra recuo de 0,99% em março, aponta SindusCon-SP

May 18, 2016 | Categoria: Engineering

Luísa Cortés, do Portal PINIweb

O emprego na construção civil brasileira registrou queda de 0,99% em março na comparação a fevereiro, com 28,5 mil demissões, se considerados os fatores sazonais. Ao desconsiderá-los, a quantidade de vagas fechadas foi de 43,1 mil no mês, o que representa uma diminuição de 1,48%. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (17) pelo Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base nas informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

No acumulado do ano, foram cortadas 55,4 mil vagas de emprego. Em 12 meses, o número de trabalhadores dispensados foi de 473,8 mil.

"Historicamente, o emprego na indústria da construção cresce no primeiro trimestre, em função das novas obras a serem iniciadas. Mas este é o segundo ano seguido em que o emprego no setor cai no primeiro trimestre, como resultado da crise", comenta o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.

Para ele, "no momento em que os investidores voltarem a ter confiança na economia brasileira, a indústria da construção terá potencial de se recuperar rapidamente e voltar a gerar um elevado volume de emprego".

De acordo com os segmentos, aquele com a maior retração foi o de obras de instalação (-2,27%), seguido pelo imobiliário (-1,41%). Os dados são de março, em comparação ao mês anterior. Ao considerar-se o acumulado do ano contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário apresenta a mais acentuada queda (-17,87%).

As regiões do país mais afetadas com o fechamento dos postos de trabalho foram a Norte (-1,20%, ou 1.976 vagas e menos), Nordeste (-1,04% ou 6.161 vagas), Sul (-1,02% ou 4.508 vagas), Sudeste (-1%, ou 14.587 vagas) e Centro-Oeste (-0,63%, ou 1.353 vagas).

No estado de São Paulo, a queda de emprego na construção civil foi de -1,01% em março. Considerando efeitos sazonais, foram 7.737 vagas a menos. Ao desconsiderá-los, a queda chega a -1,64%, ou -12,6 mil vagas. O estoque de trabalhadores também diminuiu, de 769 mil em fevereiro para 741 mil em março.

Por segmentos, o mais afetado foi o de obras de instalação (-2,44%), seguido ao de obras de acabamento (-1,02%) e imobiliário (-1,19%).

 

A queda na capital paulista foi de -0,54% no mês, com perda de 1.862 postos de trabalho. Em 12 meses, a retração foi de 11,87%. Entre as regionais do SindusCon-SP, aquelas com maiores quedas foram Santo André (-3,35% ou 1.485 vagas a menos), Bauru (-2,43% ou 556 vagas), Ribeirão Preto (-1,94% ou 997 vagas), São José do Rio Preto (-1,70% ou 526 vagas), Campinas (-1,19% ou 979 vagas), São José dos Campos (-0,91% ou 545 vagas), Santos (-0,70% ou 190 vagas), Sorocaba (0,59% ou 517 vagas), São Paulo (sede) ((-0,54% ou 1.862 vagas) e Presidente Prudente (-0,27% ou 24 vagas).