Na sede do Secovi-SP, Haddad promete simplificar regras para o setor imobiliário

August 30, 2012 | Categoria: Engineering

Bruno Lupion, de O Estado de S. Paulo

Com o discurso de que o setor privado para um preço "muito alto" pela falta de planejamento da administração municipal, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, apresentou nesta segunda-feira, 27, seu plano de governo a representantes do setor imobiliário e da construção civil reunidos na sede do Secovi-SP.

O petista prometeu, caso seja eleito, reformar o Plano Diretor, o Código de Obras e a Lei de Uso e Ocupação do Solo para simplificar as regras para construir na cidade. "(Muita vezes), o empresário acaba recebendo a pecha de vilão, quando na verdade está em busca de regras claras para cumprir", afirmou.

As mudanças na legislação também seriam necessárias para implementar o chamado Arco do Futuro, vedete do plano de governo petista que consiste em obras públicas e incentivos fiscais em um eixo que começa na Avenida Cupecê, zona sul, na divisa com Diadema, sobe pela Marginal dos Pinheiros, percorre a do Tietê e corta a zona leste pela Avenida Jacu Pêssego. O objetivo seria descentralizar a cidade, levando empregos e serviços para as cercanias desse eixo. Segundo o petista, o custo do projeto é de R$ 20 bilhões em quatro anos, dos quais R$ 8 bilhões viriam do Orçamento da Prefeitura, R$ 8 bilhões de parcerias com o governo federal e R$ 4 bilhões de recursos levantados pelas operações urbanas.

Os representantes das entidades elogiaram. "Para nós, esse seu plano é algo que a gente gosta muito de ouvir", disse Luciano Amadio, presidente Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop). "A cidade precisa disso", emendou Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP, que sediou o evento.

Haddad também prometeu reformular o Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov), cujo ex-diretor, Hussain Aref Saab, é investigado pelo Ministério Público por acumular 116 imóveis nos sete anos em que chefiou o órgão. O petista pretende tirar o órgão da alçada da Secretaria de Habitação e levá-lo para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano. "É uma estrutura completamente corrompida que precisa ser reformulada. (...) Isso tem de estar muito perto do gabinete do prefeito para garantir a lisura e dar agilidade", disse.