Haddad promete incentivos e reclama de falta de bons projetos

August 30, 2012 | Categoria: Engineering

SINDUSCON SP
O candidato à prefeitura da cidade de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, afirmou durante o Ciclo de Debates “A construção e o desenvolvimento sustentado”, promovido por entidades do setor, que pretende oferecer incentivos imobiliários, mas sua distribuição será inversamente proporcional à demanda. De acordo com o candidato, é preciso estimular o desenvolvimento das áreas menos favorecidas em infraestrutura da cidade, que são as mais adensadas. Na busca por mais celeridade na aprovação de projetos, além da modernização do sistema, o candidato considera que será necessária uma revisão do Plano Diretor, do Código de Obras, de operações urbanas, de reocupação e uso do solo. 
Durante o encontro, realizado em 27 de agosto, o candidato foi questionado por Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, sobre a eficiência da aplicação dos recursos públicos e como pretende resolver o déficit habitacional da maior cidade do país. Ao descrever os atuais números da segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) na capital, que considera bem abaixo do esperado principalmente na menor faixa de renda (até R$ 1.600), Watanabe sugeriu que o prefeito eleito deveria buscar uma aproximação com o Ministério das Cidades na busca de uma solução para a questão. O candidato, que considerou os números do MCMV na capital escandalosos, afirmou que na negociação com o governo federal por subsídios para o programa não abrirá mão de nenhum centavo que for de direito da cidade de São Paulo. 
Conforme Haddad, para investir os empreendedores precisam de segurança, previsibilidade e estímulo do poder público. “Devemos dar mais autonomia, mais liberdade para os empresários, que em contrapartida devem respeitar a legislação. Isso atrairá as empresas de volta”, afirmou. A exemplo dos outros candidatos, Haddad também se comprometeu em não paralisar obras que já foram licitadas, ao ressaltar que o volume de contratos atual é pequeno. 
Na avaliação do candidato, no Brasil de hoje não falta dinheiro, mas sim bons projetos – que consequentemente atraiam recursos. Nesse sentido, Haddad evocou sua proximidade com o governo da presidente Dilma Rousseff ao defender que São Paulo, por suas dimensões, não é assunto local, mas nacional. Em seu mandato, o candidato pretende investir R$ 20 bilhões em obras públicas. 
Além de Watanabe, a mesa de debates foi integrada por Cláudio Bernardes, presidente do Secovi-SP; Luciano Amadio Filho, presidente da Apeop; Arlindo Virgílio Moura, vice-presidente do Instituto de Engenharia; José Roberto Bernasconi, presidente da Sinaenco-SP, e Carlos Alberto Laurito, gerente do Departamento de Relações Institucionais do Sinicesp.