Vivo amplia projeto de geração distribuída de energia e prevê a construção de 83 usinas em todo o país

September 06, 2021 | Categoria: Energy

Por Nicole Wey Gasparini, do Um Só Planeta

 

A empresa de telecomunicações Vivo irá expandir seu projeto de geração distribuída e ampliar de 70 para 83 o número de usinas de fontes solar, hídrica e de biogás, que serão implantadas em todas as regiões do Brasil até 2022, com 11 parceiros pelo país. Desde 2019, 100% do consumo de energia da empresa vem de fontes renováveis, obtidas tanto por geração distribuída, quanto no mercado livre e por meio da aquisição de certificados de energia, os I-RECs (International Renewable Energy Certificates).

Ainda este mês, a Vivo irá inaugurar em Quissamã (RJ), duas novas usinas de fonte solar, as primeiras desta modalidade no estado do Rio de Janeiro. Com a confirmação da 4ª fase do projeto, usinas de fontes solar, hídrica e de biogás produzirão mais de 711 mil MWh/ano, energia suficiente para abastecer uma cidade de 320 mil habitantes.

Construídas e operadas pela Athon Energia, uma das parceiras da Vivo no projeto em geração de energia distribuída, as Usinas Quissamã 100 e 200 são financiadas por linha de crédito sustentável, os chamados green bonds. Este tipo de financiamento é um instrumento de dívida como outro qualquer. A grande diferença de um financiamento verde é a certificação através de uma instituição independente e credenciada de que tanto os projetos alvo deste financiamento, quanto a empresa que o está emitindo seguem as melhores práticas ESG.

Juntas, as duas usinas possuem 4,8 mil painéis solares, em área de 10 hectares e capacidade de 2 MW. Cerca de 45 empregos foram gerados durante a construção. Na fase de operação da usina serão 6 empregos. As usinas irão atender unidades consumidoras da Vivo no Rio de Janeiro, como lojas, estações rádio base e escritórios.

Para Caio Guimarães, diretor de Patrimônio da Vivo, “o projeto de energia renovável veio complementar e somar essa caminhada em direção à sustentabilidade”. Nessa temática, a empresa sempre atuou em duas frentes, a de matriz energética e a da redução do consumo. “Este projeto de geração de energia distribuída é focado na baixa tensão, que são as que consomem menos energia e que têm maior volume”, complementa.

Das 83 usinas de fonte de energia renovável que a empresa irá construir, 74% são de origem solar, 18% hídrica e 8% de biogás. Segundo Guimarães, “a produção de energia renovável no modelo de geração distribuída traz benefícios econômicos, sociais e ambientais, uma vez que contribui para minimizar perdas no sistema, alivia a carga da rede e incentiva o desenvolvimento local”. Neste modelo de produção, as usinas ficam localizadas mais próximas aos pontos consumidores das empresas de onde a energia é injetada na rede de distribuição da concessionária local.

O projeto responderá por 89% do consumo em baixa tensão, atendendo mais de 30 mil unidades da empresa. O uso de energia renovável contribuiu para que a Vivo reduzisse em 70% as suas emissões de CO2 com relação a 2015.

Para o futuro, a empresa tem o desafio ambiental como grupo Telefônica de reduzir em 90% o consumo de energia por unidade de tráfego em sua rede, até 2025, na comparação com 2015. Além disso, a companhia espera ser Net Zero até 2025, alcançando zero emissões líquidas·