Eletropaulo projeta crescimento de 150% em três anos

November 27, 2018 | Categoria: Energy

MAURÍCIO GODOI, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO (SP)

 

A Eletropaulo publicou no site da Comissão de Valores Mobiliários a atualização de suas projeções para o ciclo 2018 a 2022. Os números apresentados estão em linha com os divulgados pela sua controladora, a Enel, no evento anual Capital Markets Day, realizado em Milão, Itália, na semana passada. A concessionária que é controlada pela empresa italiana projeta um ebitda (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,24 bilhão para 2018 e de pouco mais de R$ 3 bilhões para 2021. Se essa previsão se confirmar representará um crescimento de cerca de 150%.

Segundo o documento da empresa, essa previsão considera a redução de penalidades e devoluções associadas a melhora dos indicadores de qualidade DEC e FEC, bem como a redução de perdas, gestão da receita e inadimplência. Outros itens considerados são o incremento de unidades consumidoras no período, que deverá passar de aproximadamente 7,2 milhões em 2018, para cerca de 7,6 milhões em 2021.

Assim como indicado pelos executivos da Enel, um ponto chave deverá ser obtido pelos ganhos de eficiência devido à maior produtividade por unidade consumidora, indicador que deve ser de aproximadamente 30%, refletido no indicador OPEX por unidade consumidora de aproximadamente R$ 288 em 2018 para aproximadamente R$ 206 em 2021. A base de ativos regulatória estimada em R$ 1.157 por unidade consumidora em 2021 e volume de energia distribuída estimada de cerca de 43TWh em 2018 para cerca de 47 TWh em 2021, crescimento de 9,3%.

Os investimentos estimados para o período somam R$ 5,72 bilhões. Desse montante, R$ 5,34 bilhões terão origem em recursos próprios e R$ 377 milhões financiados pelo cliente. A previsão para os três próximos anos aproximam-se dos 750 milhões de euros apontados pelo CFO global da empresa, Alberto De Paoli entre 2019 a 2021.

De acordo com o documento da concessionária, as projeções de investimentos da companhia baseiam-se, principalmente, e premissas como indicadores de crescimento (PIB, inflação, densidade demográfica), diagnósticos de rede, demanda dos consumidores, cronograma das manutenções, obrigações, regulatórias e iniciativas estratégicas.